sábado, 26 de outubro de 2013

Demais!!! Mamães novas leiam isso!!!

Demais!!! Mamães novas leiam isso!!!

Querida mamãe,
Esta noite acordei estranhando o silêncio. Não havia barulho algum e pensei que o mundo tinha até acabado e você esquecido de mim. Coloquei a boca no trombone e você apareceu. Ainda bem. Fiquei tão feliz no calor do seu peito que acabei pegando no sono antes de mamar tudo o que precisava. Quando percebi que você ia me colocar no berço, chorei de novo. Mas não tente negar, você estava com pressa para ir dormir outra vez.
Você me deu de mamar novamente, assim, meio apressadinha e depois resolveu trocar a minha fralda. Estava tudo calmo, um silêncio, nós dois juntinhos, tão legal que eu perdi o sono. Você até que foi compreensiva, mas começou a bocejar um pouco e resolveu me fazer dormir. Eu não queria dormir. Talvez precisasse de mais dez minutos ou meia hora, mas você estava mesmo decidida a dormir. Foi ficando bem nervosa e até chamou o papai. Eu não queria o papai e todos fomos ficando muito irritados.
No final das contas, acordei a casa inteira cinco vezes. Pela manhã, nossa família estava com cara de quem saiu do baile. Acho que estraguei tudo. Imagina, você que chegou a dizer para o papai que eu estou com problema de sono. Eu não! Você é que vem me dar de mamar com pressa e daí eu sinto que você não quer ficar mais comigo.
Os adultos têm hora certa para tudo, mas eu ainda não entendi essas coisas de relógio e tarefas estafantes que vocês precisam fazer. Quando meu corpo está com o seu, quero ficar do seu lado sem me separar nunquinha. Do alto dos meus 3 meses, ainda não descobri direito que você é uma pessoa e eu sou outra. Um dia eu vou sair por aí, vou telefonar e posso deixá-la doida para saber o que anda fazendo e, então, você vai entender como me sinto agora. Mas não precisamos dessa guerra, mamãe.
Até lá, já podemos nos entender, inclusive através das palavras. Sinto a agústia da separação, pois acabei de passar por essa experiência. Você também, mas vive tudo isso como uma adulra consciente. Eu ainda estou vivendo no inconsciente. Eu não sei andam tudo é tão novo pra mim aqui fora. Mas eu tenho absoluta certeza de que vou aprender tudinho o que você me ensinar através dos seus sentimentos em relação a mim.
Mamãe, você quer um conselho de bebê? Quando eu chorar à noite, não salte logo para o meu quarto desesperada, como se o mundo fosse acabar.
Espere um pouco, respire profundamente, ouça o meu choro até que ele atinja o seu coração. Sinta seu tempo, realmente acorde e venha me pegar. Me abrace devagar, não acenda a luz, fale bem baixinho e me dê o seu peito para eu mamar. Depois que eu arrotar, mais um pouco só de paciência, pois, nós bebês, somos sensíveis aos sentimentos dos adultos. Se eu sentir que você está com pressa, sou capaz de armar o maior barraco, mas se você esperar até o meu segundo suspiro, quando meus olhos ficam bem fechados, minhas mãos e pernas bem molenguinhas, aí sim você pode me colocar no berço que eu não acordo antes de sentir fome outra vez. À medida que você desenvolver sua paciência, mamãe, eu estarei desenvolvendo minha tranquilidade e nós não teremos mais noites desagradáveis. Apenas noites de mamãe e bebê, que um dia passam, como tudo na vida.
Sempre seu, gu-gu dá-dá!
(Texto distribuído no Curso de Gestantes da Maternidade Nossa Senhora de Fátima, Curitiba, PR)
Texto de Claudia Rodrigues autora do livro "Mamães mais que Perfeitas"

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Nietzsche

"Saber evitar tudo aquilo que nos incomoda ou faz mal, não hesitando em usar o bom senso, a maturidade obtida com experiências passadas ou mesmo nossa sensibilidade para isso. (...) E saber ignorar, de forma mais fina e elegante possível, aqueles que dizem as coisas da boca para fora ou cujas palavras e caráter nunca valeram um milésimo do tempo que você perdeu ao escutá-las."

Nietzsche

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Retrato ( Cecília Meireles)



"Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
Em que espelho ficou perdida a minha face?"
Cecília Meireles

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Meu Pai Carreiro Minha Mãe Guerreira.

Quando meu pai faleceu eu tinha somente seis meses de idade, e  doía em mim quando as outras meninas me falavam que eu não tinha pai.Pela falta da presença do pai, aprendi a chamar meu irmão mais velho de pai. Vindo da escola, uma menina ficou me falando: "Porque você chama o Domingos de pai?
Ele não é seu pai,seu pai já morreu."
Lembro que entrei em casa muito triste,contei para minha irmã Irene,que disse:
   "Larga de chorar por isso!Você tem pai, sim!Ninguém nasce se não tem o pai.Você tem pai sim,só que ele ficou doente, e morreu". Com estas palavras de minha irmã, me conformei.
Mas lembro de minha mãe contando Para nós, como foi o dia que meu pai morreu.
Foi em abril de 1965.Ele saiu ali pelas nove da manhã e comprou uns peixes e disse que era para o almoço, deixou em cima da mesa e pegou o carro de boi e foi carrear lá pelos lados das Três Porteiras.
Algum tempo depois os bois voltaram sozinhos,todos estranharam e foram ver o que tinha acontecido;
quando o encontraram já estava morto, ele tinha chagas, morreu de repente.
Quando vieram dar a noticia, ela disse que ficou transtornada e atirou para longe aqueles peixes que ele havia trazido para o almoço.Depois sua luta para nos criar.Sete filho vivos, eu com seis meses e Teresinha, uma das minhas irmãs mais velhas Tinha paralisia Infantil, tinha vinte anos e era como um bebê.
Minha mãe contava que vinha pessoas querendo me adotar, outras querendo levar minhas irmãs para São Paulo, para trabalhar para elas, e ela sempre respondia:"Meus filhos não são gatos para eu dar".
E ela sempre trabalhou muito para nos criar,ficou viúva com quarenta anos,e permaneceu assim até 2007 quando foi para os braços do Pai.Deixou muitas saudades, mas tudo que ela ensinou está tão presente em mim. Por Eni vasconcelos 02/10/2013

(Meu Pai é o homem que está lá atrás na foto)