Minha mãe
era muito simples, Ficou viúva aos quarenta anos , eu sou a caçula dos sete
filhos, e quando meu pai morreu eu tinha seis meses de vida. Avida era difícil,
minha mãe fazia doces e pastéis para
vender, lavava roupas e dava refeições ( Pensão como falavam antigamente).
Tinha um senhor que pagava pensão para ela, e foi trabalhar em uma firma,
construindo pontes sobre um Rio, e trouxe várias pedras, deu uma pedra para
minha mãe. Ela colocava sempre esta pedra em cima da mesa da sala, nossa casa muito
simples, só tinha uma mesa e quatro cadeiras na sala. Cresci vendo esta pedra
em cima da mesa da sala, ela dizia que era o enfeite, eu as vezes pegava a
pedra e entrava debaixo da mesa, brincando que a pedra era meu telefone. E
sempre minha mãe falava: Não quebra essa pedra ,menina, lembro como ela
colocava esta pedra nas mãos e dizia o quanto ela era diferente, achava a coisa
mais linda .
Por isso
hoje trago esta pedra sempre perto de mim, coloco sempre no meu quarto ao lado
da minha cama.
Este bilhetinho,
encontrei em seus guardados, alguns dias depois, que ela faleceu.Ela faleceu em
2007 e como vocês podem ver a data deste bilhete, estava guardado com ela desde
75. São as coisas simples que realmente tem importância.
MÃE...
São três
letras apenas,
As desse
nome bendito:
Três
letrinhas, nada mais...
E nelas cabe
o infinito
E palavra
tão pequena-confessam mesmo os ateus-
És do
tamanho do céu
E apenas
menor do que Deus!
3 comentários:
Que lindo Eni...amei ser seu relato, emocionante!!
Obrigada Imaculada Cintra,
foi as crianças da catequese que me fizeram escrever esta história, um dia contei a elas, Tive de levar para elas ver, tocar...ai escrevi...
Amei! lembranças gostosas da infância.
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